O BH Choro estreou nesse sábado (29/04) levando ao super palco montado na Praça Duque de Caxias, atrações da programação que celebra nesta edição o Centenário de Waldir Azevedo e reverencia as trajetórias dos Clubes de Choro do Brasil. As atrações continuam neste domingo (30/04), a partir das 16 horas.
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Um público atendo e animado ocupou ontem a Praça Duque de Caxias na estreia da 12ª edição do BH Choro. Foto: Thiago Fernandes |
Ontem, na estreia da 12ª edição do Festival BH Choro, o tradicional bairro de Santa Tereza ouviu ecoar acordes promovidos por grandes instrumentistas dos Clubes de Choro de Santos e de Betim, logo após o público, sentado e confortavelmente abrigado sob uma imensa tenda, ter assistido atento a uma emocionante palestra proferida pelos músicos associados ao Clube do Choro de BH, Hélio Pereira e Cícero Gonzaga.
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Cícero Gonzaga, Hélio Pereira e Acir Antão abrindo a 12ª edição do BH Choro. Foto: Thiago Fernandes |
Durante a palestra, mediada pelo comunicador Acir Antão, atual Presidente do Clube do Choro de BH, os palestrantes relataram sobre suas formações e trajetórias como instrumentistas, atuando por décadas em orquestras, regionais e bandas, oferecendo à plateia histórias orais divertidas, além de outras também importantíssimas para o registro histórico do Choro belo-horizontino. Eles encantaram o público presente também com suas simpatias pessoais, o que foi validado pelo caloroso aplauso da plateia.
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Clube do Choro de Santos recepcionado com carinho e muito aplaudido pela plateia belo-horizontina. Foto Thiago Fernandes |
As apresentações musicais da primeira noite do evento teve início às 18 horas com o Clube do Choro de Santos. Fundado em 2002 por um grupo de amigos apaixonados pela causa e todos, de alguma maneira, ligados a música, o clube é uma associação sem fins lucrativos, que desenvolve inúmeras ações culturais buscando preservar as tradições e difundir o Choro. E firme nesse objetivo, o grupo chegou à capital mineira, subiu ao Palco do BH Choro trazendo um choro refinado, homenageando grandes compositores, incluindo a estrela do Festival, Waldir Azevedo. O sexteto foi aplaudido com admiração pelo público que já lotava todas as cadeiras dispostas ao longo da Praça Santa Tereza, iluminada e aquecida pela vibração da plateia.
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Clube do Choro de Betim na 12ª Edição do BH Choro. Foto: Thiago Fernandes. |
Na sequencia, foi a vez de receber o Clube do Choro de Betim, coirmão do Clube do Choro de BH, já reconhecido pelo público local e aguardado com entusiasmo pela plateia. Os componentes do grupo iniciaram a apresentação às 20 horas como previsto pelo programa. Trazendo instrumentos do naipe dos metais e um componente no vocal, o grupo traduziu o Choro de forma igualmente perfeita e encantadora como o anterior e demonstrou como o gênero musical urbano mais antigo do Brasil pode ganhar interpretações diversas, sem se afastar das grandes lições deixadas pelos mestres Chorões ao longo da história. A vibração da plateia diante do repertório dançante apresentado pelo grupo foi imediata e a Praça Duque de Caxias que se tornou uma grande pista de dança.
Aplausos e a alegria estampada nos rostos do público ao ver os eventos de Choro retornarem a esse tradicional local cultural da cidade, foi um dos grandes marcos da primeira noite dessa série do BH Choro.
BH CHORO SEGUE COM PROGRAMAÇÃO NESTE DOMINGO
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Instrumentistas do Clube do Choro de BH e de Brasília se apresentam hoje no palco do BH Choro. Fotos: divulgação |
As atrações do BH Choro prosseguem neste domingo (30), a partir das 16 horas com a palestra "A formação de músicos de Choro - Ensino e Prática¨ que será proferida pelos professores Marcos Flávio Freitas (UFMG/Sócio Clube do Choro de BH) e Henrique Neto (Escola de Música Raphael Rabello, do Clube do Choro de Brasília). A mediação será realizada pelo professor e instrumentista Marcelo Chiaretti (UFMG/Sócio Clube do Choro de BH).
A partir das 18 horas o Clube do Choro de BH abre a sequência de shows da noite. No palco estarão reunidos músicos de várias gerações que compõem o grupo de instrumentistas associados da entidade.
O Clube do Choro de BH tem as suas origens nas reuniões semanais das quintas-feiras, no Bar do Bolão, no bairro Padre Eustáquio, onde vários músicos, amadores e profissionais, se reuniam em maravilhosas rodas de choro, abertas a todos os apreciadores de boa música, bom papo, agradável convivência, regadas a cervejas geladas. A partir destas reuniões foi fundado, em 31 de maio de 2006. É uma instituição sem fins lucrativos totalmente voltada para o incentivo e a divulgação da música, e em especial, o gênero Choro.
A partir das 20 horas os anfitriões recebem o Clube do Choro de Brasília. O grupo de instrumentistas do Clube do Choro de Brasília adota a denominação artística “Reco do Bandolim & Grupo Choro Livre”. Já se apresentaram com grande sucesso em mais de 20 países da Europa, África, Ásia, América do Sul e América do Norte.
Sua história começa quando o Presidente JK, com sua paixão pela música popular brasileira, leva para a capital o violonista Dilermando Reis, chorão e seresteiro. Assim, pelas cordas do violão de Dilermando, o Choro e a Seresta ecoam na noite estrelada do Planalto Central. Em 9 de setembro de 1977, em reunião na casa de Odete Ernest Dias, foi fundado o Clube, tendo o citarista Avena de Castro se tornando o seu primeiro presidente.
Com essas atrações o BH Choro promete repetir nesse domingo, o sucesso da noite de estreia. O Projeto BH CHORO continua com sua programação também amanhã, feriado de 1º de maio. Acompanhe por aqui todos os detalhes. Programe-se e convide os amigos.
O projeto é viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio: Instituto Cultural Vale, apoio: Clube do Choro de Belo Horizonte. Realização: Idear Produção, Ministério da Cultura, Governo Federal – Brasil, União e Reconstrução.