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30 de abril de 2023

As super atrações do Festival BH Choro seguem neste domingo. Na programação acontecem palestra com os professores Marcos Flávio e Henrique Neto e shows com o Clube do Choro de BH e Brasília.

O BH Choro estreou nesse sábado (29/04) levando ao super palco montado na Praça Duque de Caxias, atrações da programação que celebra nesta edição o Centenário de Waldir Azevedo e reverencia as trajetórias dos Clubes de Choro do Brasil. As atrações continuam neste domingo (30/04), a partir das 16 horas.

Um público atendo e animado ocupou ontem a Praça Duque de Caxias na estreia da 12ª edição do BH Choro. Foto: Thiago Fernandes

Ontem, na estreia da 12ª edição do Festival BH Choro, o tradicional bairro de Santa Tereza ouviu ecoar acordes promovidos por grandes instrumentistas dos Clubes de Choro de Santos e de Betim, logo após o público, sentado e confortavelmente abrigado sob uma imensa tenda, ter assistido atento a uma emocionante palestra proferida pelos músicos associados ao Clube do Choro de BH, Hélio Pereira e Cícero Gonzaga.  

Cícero Gonzaga, Hélio Pereira e Acir Antão abrindo a 12ª edição do BH Choro. Foto: Thiago Fernandes

Representantes da Velha Guarda do Choro de BH, Cícero e Hélio são detentores de histórias pitorescas sobre a música na cidade e experiência admirável como instrumentistas, património pessoal valioso que através desse evento pode ser compartilhado com as novas gerações.
Durante a palestra, mediada pelo comunicador Acir Antão, atual Presidente do Clube do Choro de BH, os palestrantes relataram sobre suas formações e trajetórias como instrumentistas, atuando por décadas em orquestras, regionais e bandas, oferecendo à plateia histórias orais divertidas, além de outras também  importantíssimas para o registro histórico do Choro belo-horizontino. Eles encantaram o público presente também com suas simpatias pessoais, o que foi validado pelo caloroso aplauso da plateia. 

Clube do Choro de Santos recepcionado com carinho e muito aplaudido pela plateia belo-horizontina. Foto Thiago Fernandes

As apresentações musicais da primeira noite do evento teve início às 18 horas com o Clube do Choro de Santos.  Fundado em 2002 por um grupo de amigos apaixonados pela causa e todos, de alguma maneira, ligados a música, o clube é uma associação sem fins lucrativos, que desenvolve inúmeras ações culturais buscando preservar as tradições e difundir o Choro. E firme nesse objetivo, o grupo chegou à capital mineira, subiu ao Palco do BH Choro trazendo um choro refinado, homenageando grandes compositores, incluindo a estrela do Festival, Waldir Azevedo. O sexteto foi aplaudido com admiração pelo público que já lotava todas as cadeiras dispostas ao longo da Praça Santa Tereza,  iluminada e aquecida pela vibração da plateia.

Clube do Choro de Betim na 12ª Edição do BH Choro.  Foto: Thiago Fernandes.

Na sequencia, foi a vez de receber o Clube do Choro de Betim, coirmão do Clube do Choro de BH, já reconhecido pelo público local e aguardado com entusiasmo pela plateia. Os componentes do grupo iniciaram a apresentação às 20 horas como previsto pelo programa. Trazendo instrumentos do naipe dos metais e um componente no vocal, o grupo traduziu o Choro de forma igualmente perfeita e encantadora como o anterior  e demonstrou como o gênero musical urbano mais antigo do Brasil pode ganhar interpretações diversas, sem se afastar das grandes lições deixadas pelos mestres Chorões ao longo da história. A vibração da plateia diante do repertório dançante apresentado pelo grupo foi imediata e a Praça Duque de Caxias que se tornou uma grande pista de dança. 


Aplausos e a alegria estampada nos rostos do público ao ver os eventos de Choro retornarem a esse tradicional local cultural da cidade, foi um dos grandes marcos da primeira noite dessa série do BH Choro.


BH CHORO SEGUE COM PROGRAMAÇÃO NESTE DOMINGO

Instrumentistas do Clube do Choro de BH e de Brasília se apresentam hoje no palco do BH Choro. Fotos: divulgação

As atrações do BH Choro prosseguem neste domingo (30), a partir das 16 horas com a palestra "A formação de músicos de Choro - Ensino e Prática¨ que será proferida pelos professores Marcos Flávio Freitas (UFMG/Sócio Clube do Choro de BH) e Henrique Neto (Escola de Música Raphael Rabello, do Clube do Choro de Brasília). A mediação será realizada pelo professor e instrumentista Marcelo Chiaretti (UFMG/Sócio Clube do Choro de BH).

A partir das 18 horas o Clube do Choro de BH abre a sequência de shows da noite. No palco estarão reunidos músicos de várias gerações que compõem o grupo de instrumentistas associados da entidade.
O Clube do Choro de BH tem as suas origens nas reuniões semanais das quintas-feiras, no Bar do Bolão, no bairro Padre Eustáquio, onde vários músicos, amadores e profissionais, se reuniam em maravilhosas rodas de choro, abertas a todos os apreciadores de boa música, bom papo, agradável convivência, regadas a cervejas geladas. A partir destas reuniões foi fundado, em 31 de maio de 2006. É uma instituição sem fins lucrativos totalmente voltada para o incentivo e a divulgação da música, e em especial, o gênero Choro.

A partir das 20 horas os anfitriões recebem o Clube do Choro de Brasília. O grupo de instrumentistas do Clube do Choro de Brasília adota a denominação artística “Reco do Bandolim & Grupo Choro Livre”. Já se apresentaram com grande sucesso em mais de 20 países da Europa, África, Ásia, América do Sul e América do Norte.
Sua história começa quando o Presidente JK, com sua paixão pela música popular brasileira, leva para a capital o violonista Dilermando Reis, chorão e seresteiro. Assim, pelas cordas do violão de Dilermando, o Choro e a Seresta ecoam na noite estrelada do Planalto Central. Em 9 de setembro de 1977, em reunião na casa de Odete Ernest Dias, foi fundado o Clube, tendo o citarista Avena de Castro se tornando o seu primeiro presidente.

Com essas atrações o BH Choro promete repetir nesse domingo, o sucesso da noite de estreia. O Projeto BH CHORO continua com sua programação também amanhã,  feriado de 1º de maio. Acompanhe por aqui todos os detalhes. Programe-se e convide os amigos.

O projeto é viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio: Instituto Cultural Vale, apoio: Clube do Choro de Belo Horizonte. Realização: Idear Produção, Ministério da Cultura, Governo Federal – Brasil, União e Reconstrução.