Jacob do Bandolim - Foto: Net |
Jacob do Bandolim nasceu no Rio de Janeiro em 14 de fevereiro de 1918 e celebramos hoje 105 anos do seu nascimento. Jacob adotou o instrumento como cognome se uniu em definitivo a este virtuoso instrumentista e compositor brasileiro. O carioca do bairro das Laranjeiras entrou para a história preterindo o violino (desejado como presente aos 12 anos) e abraçando o bandolim como o instrumento que o faria um mestre lendário da música brasileira.
Jacob não teve professor, sempre foi autodidata. Tentava repetir no bandolim trechos de melodias cantaroladas por sua mãe ou por pessoas que passavam na rua. Aos 13 anos, da janela de sua casa, escutou o primeiro choro, É do que há - composto e gravado pelo famoso Luiz Americano -, tocado no prédio em frente, onde morava uma diretora da gravadora RCA Victor. "Nunca mais esqueci a impressão que me causou", afirmaria Jacob, anos mais tarde. E esta foi nossa sorte. Ganhamos um mestre que nos legou um uma obra musical memorável.
Além de magistral intérprete foi um compositor emérito, sendo até hoje um dos mais gravados, no gênero. Em qualquer roda de choro Jacob é sempre lembrado, numa eterna reverência à sua obra.
O Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB), organização fundada em 2006 e voltada para a pesquisa, preservação e promoção da Música Popular Brasileira conseguiu mapear e catalogar mais de 82 mil discos produzidos no país, reunindo mais de 91 mil compositores e intérpretes. Fruto de 25 anos de pesquisa, a catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos mais recentes. Entre as preciosidades que encontramos por lá, muitas se referem à obra de Jacob do Bandolim. E ele é um dos destaques deste mês.
Clica na imagem e confira diretamente no site do IMMuB o acervo com acesso aos discos de carreira, projeto extras, referências/tributos, coletâneas, entre outras referências prontas para você ouvir.