Ausier Vinícius, Marcelo Issa, Mateus Loureiro e Leo Lana foram os convidados do Programa Acir Antão -edição comemorativa do centenário de Waldir Azevedo. Foto: Divulgação. |
O grande cavaquinista e compositor Waldir Azevedo nasceu em 27 de janeiro de 1923, na cidade do Rio de Janeiro. Portanto, celebramos hoje o centenário de seu nascimento. No último domingo (22), o comunicador e Presidente do Clube do Choro de BH, Acir Antão dedicou seu programa ao vivo, à trajetória desse grande mestre. O convidado para essa edição especial foi o famoso cavaquinista Ausier Vinícius, que esteve acompanhado dos músicos Marcelo Issa no violão 7 Cordas, Mateus Loureiro ao cavaquinho e Leo Lana no pandeiro.
Waldir Azevedo- Foto: Acervo Waldir Azevedo |
Waldir Azevedo nasceu de família pobre em 1923, na cidade do Rio de Janeiro, no bairro da Piedade, e passou a infância e a adolescência no bairro do Engenho Novo. Manifestando interesse em música ainda criança, Waldir conseguiu comprar uma flauta transversal aos sete anos de idade, depois de juntar dinheiro capturando passarinhos e vendendo-os.
No carnaval de 1933, aos 10 anos de idade, apresentou-se em público pela primeira vez, como flautista, tocando "Trem Blindado", de João de Barro, no Jardim do Méier.
Já adolescente, conheceu um grupo de amigos que se reunia aos sábados para tocar e, por influência deles, acabou por trocar a flauta pelo bandolim. Pouco tempo depois trocou o bandolim pelo cavaquinho, instrumento que deixou de lado quando o violão elétrico ganhou projeção no Brasil.
Aos 22 anos, enquanto passava a lua de mel na cidade de Miguel Pereira, recebeu um telefonema de um amigo avisando de uma vaga no grupo de Dilermando Reis, em um programa da Rádio Clube do Brasil. Tocou no grupo durante dois anos, após o que acabou assumindo sua liderança, com a saída de Dilermando em 1947.
Durante a década de 1950 fez grande sucesso com composições como "Brasileirinho", "Pedacinhos do Céu", "Delicado", "Chiquita" e "Vê Se Gostas", e as composições de Waldir o projetaram internacionalmente. Durante 11 anos viajou com seu conjunto por países da América do Sul e Europa, incluindo duas viagens patrocinadas pelo Itamaraty na Caravana da Música Brasileira. Suas composições tiveram gravações no Japão, Alemanha e Estados Unidos, onde Percy Faith e sua orquestra atingiram a marca de um milhão de cópias vendidas com uma gravação de Delicado. Waldir chegou a participar de um programa na BBC de Londres, transmitido para 52 países.
Waldir Azevedo morreu em 1980 na Beneficência Portuguesa de São Paulo em decorrência de um aneurisma da aorta abdominal, poucos dias antes de começar as gravações de um novo álbum — meticuloso, Waldir ainda deixou instruções para os músicos gravadas em fita cassete. Ele tinha 57 anos.
Hoje você ouve aqui, na íntegra, o programa Acir Antão, comemorativo ao centenário de Waldir Azevedo. Desfrute: