Trabalho uniu o diretor musical Carlos Alberto Sion e o compositor Henrique Cazes, que falou com o programa Noite Ilustrada sobre o disco.
Neste ano, celebram-se os 150 anos do choro, um dos mais emblemáticos estilos da música nacional. Surgido na metade do século 19, o choro se consagrou como o primeiro gênero musical urbano tipicamente brasileiro, unindo ritmos de inspiração europeia e africana. Nomes como Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha e Ernesto Nazareth foram responsáveis por dar forma ao estilo e popularizá-lo na década de 1910. Ao longo dos anos, o choro não parou de evoluir e se diversificar, influenciando toda a construção da música popular brasileira.
A fim de valorizar a rica trajetória de uma das maiores expressões artísticas brasileiras, o diretor musical Carlos Alberto Sion e o compositor Henrique Cazes se uniram na elaboração do álbum Choro 150 anos - Uma Música Viva. Com 17 faixas, o disco comemorativo reúne o trabalho dos grandes personagens e fundadores do gênero, a produção de 1970, quando o estilo foi redescoberto, até chegar ao choro contemporâneo, do século 21.
Henrique Cazes - Foto: divulgação |
Para entender o que é o choro nos dias de hoje, depois de um processo de um século e meio de desenvolvimento, segundo Henrique Cazes, é preciso entender que o choro não é uma coisa só, mas pelo menos quatro. Na visão do músico, há pelo menos quatro definições.
"O choro é um acervo de repertórios, uma quantidade de músicas de qualidade que foram compostas por dezenas, centenas de compositores, ao longo desses 150 anos. O choro também é um estilo, ou seja, uma maneira de tocar, uma coleção de procedimentos de ritmo, de ornamentação, de toda uma estética que define um estilo. O choro também é um gênero musical que o Pixinguinha deu forma. E o choro é uma prática musical que une a memorização do repertório com a improvisação", definiu.
Ouça a entrevista de Luiz Fernando com Henrique Cazes:
FONTE: UFMG Comunicação