SEJA VOCÊ TAMBÉM UM ASSOCIADO DO CLUBE DO CHORO DE BH. MAIORES INFORMAÇÕES LIGUE (31)3422-4433.

30 de junho de 2020

Marcelo Jiran traz uma super dica para auxiliar na construção de arranjos e orquestrações.


Marcelo Jiran compositor, pianista, multi-instrumentista, orquestrador, arranjador, engenheiro de áudio e produtor musical e fonográfico é quem hoje nos traz uma super dica para auxiliar na construção de arranjos e orquestrações. Ele explica como faz um esboço e compartilha detalhes do processo que auxilia anotar as ideias melódicas de forma fácil. 
Se você se interessa pelo tema, aproveite mais este toque precioso do Jiran.



29 de junho de 2020

Hamilton de Holanda in Concert nesta terça.


O grande bandolinista Hamilton de Holanda fará um concerto solo, que acontecerá nesta terça feira, 30 de junho às 20 horas - horário de Brasília, com transmissão ao vivo pela plataforma Zoom. O show é especialmente para o público de Hamilton, em Woods Hole, mas todos são bem-vindos.

A atuação de Hamilton é tão emocionante e profunda ao mesmo tempo, que ele foi chamado Jimi Hendrix do bandolim. Outros o igualam a "The Bird", Charlie Parker, por sua capacidade de dominar o tom, o ritmo e o timbre para expressar idéias e criar emoções. A ambição pessoal de Hamilton é ser um grande compositor. Mas Wynton Marsalis resumiu assim: "Hamilton é a personificação de tudo que queremos em um músico".

Maiores informações e valores do link de acesso você confere aqui

Vem aí o Festival Violões em Rede.

O Violões em Rede, festival de violão online, será realizado entre 06 e 09 de julho de 2020. O evento abrigará concertos e bate-papos remotos com importantes violonistas. A bilheteria virtual abre nesta segunda-feira à tarde pela plataforma Sempre Ao Vivo e pelo site Violão Brasileiro.
Serão 8 instrumentistas que participam desta edição: Alessandro Dos Santos Penezzi, André Siqueira, Camilo Carrara, Daniel Murray, Elodie Bouny, Swami Antunes Jr. Campos, Tabajara Belo e Carlos Walter, violonista e compositor mineiro, associado ao Clube do Choro de BH.  E é ele quem nos traz o convite do evento.


O festival é realizado pelo projeto Cordas Brasileiras, Produções do Tempo, Acervo Digital do Violão Brasileiro, a plataforma #SempreaoVivo entre outros apoiadores e patrocinadores entre outros apoiadores e patrocinadores.

28 de junho de 2020

ÀS VEZES A VIDA É MESMO DESVAIRADA...

Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto era multi-instrumentista.

Desvairada é um termo definido nos dicionários como "sem coerência ou equilíbrio, desprovida de juízo, sem orientação, fora de si, desnorteada, exaltada, louca, alucinada". Então o que pensar quando o termo chega nominando uma Valsa-Choro, daquelas das melhores e assinada por um mestre?
A obra musical em questão foi composta por Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto um dos mais brilhantes e talentos violonista de todos os tempos, nascido em São Paulo, em 28 de junho de 1915. O aniversariante desta data, esse virtuoso multi instrumentista, completaria hoje 105 anos. 

Ele começou a carreira bastante cedo, com apenas 11 anos de idade, o que lhe rendeu o apelido de "O Moleque do Banjo" e posteriormente, Garoto. Com sua maneira de interpretar o Choro e o Samba ao violão e de compor, foi o homem que deu novo rumo à Música Popular Brasileira.  Ele é considerado por muitos um precursor, um verdadeiro mestre, o reformulador da linguagem harmônica do violão. Influenciando alguns dos maiores nomes da nova geração, indicou o caminho que levou a alguns anos depois à chamada Bossa Nova. 

Aníbal Sardinha nos deixou muito cedo, aos 39 anos e vitimado por um ataque cardíaco. Pouco tempo para tanto talento e inspiração. Então a gente retoma aquela questão, e chega até a pensar: às vezes, essa vida é mesmo desvairada... O tempo foi pouco na pauta da existência física, mas Garoto ressoa na eternidade da música brasileira. 

Segundo registros, "Desvairada" teve sua primeira Gravação pela Odeon em 27 de março de 1950 e lançada em junho seguinte (disco 13016-B, matriz 8665). E esta valsa-choro tão apreciada, uma composição em "redemoinho", é o que trazemos para celebrar o dia com Garoto.

Os violonistas mineiros André Oliveira e Augusto Cordeiro participam desta homenagem abrindo suas janelas musicais em mais uma edição do projeto "Entre Janelas", lançado durante a Pandemia da Covid-19.  Desfrutem de "Desvairada", numa bela interpretação em 14 cordas.


A produção e edição do Projeto "Entre Janelas" é de André Oliveira e as várias edições já lançadas estão disponíveis em seu canal no Youtube.

26 de junho de 2020

O dia em que o Choro de Minas encantou o Sr. Brasil.

Grupo Choro de Minas no Palco do Sr. Brasil- Foto: Divulgação
Boas lembranças são sempre bem vindas. Ainda mais quando os tempos são difíceis e a alma carece de conforto. Hoje, fazemos um TBT, a sigla em inglês para “throwback Thursday”, algo que em tradução para o português soa como “quinta-feira do retorno”. TBT pode ser "trem bom também" na sexta quando relembra algo que acalenta e traz alegrias. Como esta participação especialíssima do Grupo "Choro de Minas" no programa Sr. Brasil, apresentado por Rolando Boldrim e exibido pela TV Cultura. Um momento dos mais agradáveis para começar o fim de semana.
Apreciem o Choro de Minas encantando o Sr. Brasil.






O Grupo Choro de Minas que já ultrapassa os 12 anos de estrada é formado por quatro dos maiores "Chorões" de Minas Gerais. 
Marcos Flávio (Trombone) é Doutor, Mestre e Bacharel em trombone pela UFMG. Professor na mesma instituição, exerce intensa atividade didática como professor de trombone e coordenador do Coral de Trombones e Tubas da UFMG e também associado do Clube do Choro de BH.
Dudu Braga é cavaquinista e produtor musical. Presidente do Clube do Choro de Betim já se apresentou no Montreaux Jazz Festival, Madrid Fusion, além de acompanhar artistas como Zé da Velha e Silvério Pontes, Wilson das Neves, Monarco, Nelson Sargento, dentre outros. 
Sílvio Carlos (violão 7 cordas) é um dos fundadores do Clube do Choro de BH e também do reconhecido grupo Flor de Abacate. Desenvolve trabalho voltado para a pesquisa do choro e tem 3 Cds gravados. 
Ramon Braga (pandeiro) é um estudioso do emprego da percussão no Choro. Já acompanhou artistas como Vander Lee, Radegundis Feitosa, César Menotti e Fabiano, Marku Ribas, Célio Balona, dentre outros. Além do seus integrantes, o Choro de Minas se apresentará com Juninho Braga como convidado especial.

25 de junho de 2020

LAB CULTURAL, programa de valorização e incentivo de pesquisas artísticas do BDMG Cultural está com inscrições abertas.


Estão abertas as inscrições para o Edital de Música e Experimentação Sonora do LAB CULTURAL, programa de valorização e incentivo de pesquisas artísticas em Minas Gerais do BDMG Cultural. 

O objetivo do edital é selecionar dez projetos artísticos, na área de Música e Experimentação Sonora a serem desenvolvidos em quatro meses de pesquisa, (sendo três meses de pesquisa com tutoria e um mês de sistematização do processo), mediante o recebimento de bolsa e sob tutoria.

Podem se inscrever na chamada pessoas físicas da área de música com idade igual ou superior a 18 anos, comprovadamente residentes em Minas Gerais há no mínimo dois anos, e que tenham comprovadamente no mínimo dois anos de atuação e desenvolvimento de trabalhos na área, com comprovação mediante apresentação de portfólio. 

Os interessados podem se inscrever até o dia 7 de julho de 2020, por meio de formulário online.

Cada selecionado receberá uma bolsa de R$6 mil, dividida em 4 parcelas mensais de R$1.500. Para mais informações, acesse o edital completo no site do BDMG Cultural


24 de junho de 2020

UM CHORO DO VADICO.

Vadico, um dos mais constantes parceiros de Noel Rosa
Embora não tão reverenciado, o compositor, maestro e pianista Osvaldo de Almeida Gogliano, o Vadico, foi um dos parceiros mais constantes do sambista carioca Noel Rosa. Filho de um casal de imigrantes italianos, ele nasceu em 24 de junho de 1910, no bairro do Brás e estaria completando hoje 110 anos.

Vadico pertenceu a uma família onde todos os irmãos eram músicos e como os demais, dedicou-se à música desde muito cedo. Aos 18 anos tocava piano profissionalmente, época em que venceu um concurso com a marcha "Isso Mesmo É que Eu Quero".

Pela música, ele abandonou o ofício de datilógrafo, para apresentar-se pela primeira vez em público em um hotel em Poços de Caldas, MG. Enquanto compunha, aperfeiçoava seus estudos de piano. 

Em 1930, Vadico transferiu-se para o Rio de Janeiro. Na capital carioca conheceu Noel Rosa nos estúdios da gravadora Odeon, que de imediato pôs letra em "Feitio de Oração", seguida de parcerias notáveis como "Feitiço da Vila", "Pra que Mentir", "Conversa de Botequim", "Cem Mil Réis", "Provei", "Tarzã, o Filho do Alfaiate", "Mais um Samba Popular", "Quantos Beijos" e "Só Pode Ser Você". Com Marino Pinto, Vadico compôs sucessos como "Prece" e "Súplica". Também fez parceria com Vinicius de Moraes em "Sempre a Esperar".

Nove anos depois de se mudar para o Rio, partiu para os Estados Unidos, para apresentar-se com a orquestra de Romeu Silva na Exposição Internacional de Mundial de Nova Iorque. No ano seguinte, retornou e radicou-se no Estado norte-americano da Califórnia, onde viveu durante oito anos. Lá, gravou músicas do filme "Uma Noite no Rio", com Carmen Miranda, e a partir de então, tornou-se pianista da cantora luso-brasileira e do Bando da Lua.

A pedido da Universal Pictures, compôs "Ioiô" - que acabou virando tema de outro filme.
A convite de Walt Disney, musicou em 1943 o desenho animado "Saludos, Amigos", que apresentava o papagaio Zé Carioca como símbolo do Brasil. Em 1949, rodou a Europa e as Américas dirigindo a orquestra da Companhia de Bailados de Katherine Dunham. 

Vadico voltou ao Brasil em 1956, quando começou a trabalhar como diretor musical da TV Rio. Em 1962, enquanto preparava-se para um ensaio com uma orquestra no Estúdio da Columbia, sofreu uma ataque cardíaco e faleceu a  caminho do hospital.

Entre as várias composições de Vadico, encontramos o "Choro em Fá Menor", que foi tirado do ineditismo no LP tributo "Evocação III - Vadico", lançado pela gravadora Eldorado em 1979. A interpretação solo ficou a cargo de Amilton Godoy, que por quase 50 anos foi o pianista do Zimbo Trio.

Apreciem este Choro do Vadico, celebrando seus 110 anos.

O TICO-TICO QUE VOOU O MUNDO TODO.

Zequinha de Abreu
"Tico-Tico no fubá" é um Choro composto por Zequinha de Abreu que ficou imortalizado na voz de Carmen Miranda, e com o tempo, tornou-se uma das canções brasileiras mais conhecidas do mundo. Foi apresentada pela primeira vez em um baile da cidade de Santa Rita do Passa Quatro, em 1917, sob o nome de Tico-Tico no Farelo. A canção recebeu o nome atual em 1931, já que existia outra de mesmo título, composta por Canhoto. No mesmo ano foi incluída pela primeira vez em disco, gravado pela Orquestra Colbaz. Embora seja essencialmente instrumental, tem letra de Eurico Barreiros e Aloísio de Oliveira, além de uma versão em inglês de Ervin Drake.

A composição atingiu o ápice de sua popularidade nos anos 1940, quando fez parte de nada menos do que seis filmes em Hollywood, inclusive filmes estrelados por Esther Williams. A canção aparace com duas letras, uma feita no Brasil, e outra versão escrita nos Estados Unidos por Aloísio de Oliveira para Carmen Miranda que a gravou pela Decca Records em 1945, e a apresentou no filme Copacabana de 1947, no qual contracena com o Groucho Marx.



Também no cinema, parte da história sobre a canção foi contada no filme Tico-tico no Fubá de 1952, dirigido por Adolfo Celi. E seguindo seu alcance internacional, a seleção brasileira de nado sincronizado utilizou com sucesso a canção como tema no XV Mundial de Esportes Aquáticos, realizado na cidade de Barcelona, em 2013, além de ter sido executada na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016, por Roberta Sá interpretando Carmen Miranda.

"Tico-Tico no fubá"  é considerada por muitos como a obra maior de Zequinha de Abreu, não apenas pelas qualidades musicais, mas pelo alcance de sua audição. Foi gravada pela organista Ethel Smith em 1941, que fez grande sucesso internacional, e por Ray Conniff. Em 1942, além de regravada pela Rainha do Chorinho Ademilde Fonseca, pela Orquestra Tabajara, Benedito Lacerda, Waldir Azevedo, Garoto, Pixinguinha, Dominguinhos, Paulo Moura, Arthur Moreira Lima, Yamandu Costa, Raphael Rabello, Armandinho, Ney Matogrosso,  Paulo Moura, João Bosco, Daniela Mercury e muitos outros. Ganhou também gravações internacionais com Michel Legrand, Mantovani, Henry Mancini, Charlie Parker, Paco de Lucia, Jacques Klein, Liberace, Paquito D'Rivera, Ray Ventura e Orquestra Filarmônica de Berlim.

E uma das mais recentes versões nos chega pelo quarteto instrumental Toca de Tatu, em um clip gravado durante esta quarentena do Covid 19.
o grupo formado pelos músicos Abel Borges (percussão), Lucas Ladeia (cavaquinho), Lucas Telles (violão 7 cordas) e Luísa Mitre (piano e acordeão) divulga o Choro, além de explorar outros gêneros da MPB, como o samba, baião, maxixe, valsa e o tango brasileiro. As memórias e a versatilidade da música instrumental são preservadas e contemplam importantes autores, além da produção autoral. O resultado deste trabalho é uma sonoridade original e criativa.

Apreciem "Tico-Tico no fubá" com o grupo Toca de Tatu.

O Choro é vivo e não pode parar. Clube do Choro de Santos convida para uma "Roda de Choro on line - um bate papo musicado ao vivo".


Rodas de Choro são espaços destinados à performance musical onde o Choro, o primeiro gênero musical popular urbano brasileiro, é praticado. Tiveram início no Rio de Janeiro, no final do século XIX, e se expandiram gradativamente. Atualmente, manifestações dessa natureza são realizadas em diversos estados do Brasil e também em outros países. Mas durante o período de isolamento social, decorrente da pandemia da COVID19, estão ganhando novos formatos.

Dando continuidade ao fomento deste gênero musical, o Clube do Choro de Santos nos convida para mais uma "Roda de Choro on line - um bate papo musicado ao vivo". O quinto encontro virtual terá como tema "Memórias do Choro em São Paulo". Neste bate papo o vice-presidente do Clube do Choro de Santos, Luiz Pires receberá o músico e compositor Isaías do Bandolim e o escritor, pesquisador e radialista, José Amaral. 

A live acontece na próxima quinta, 25 de junho, às 20 horas, com transmissão pela página do Facebook do Clube do Choro de Santos. Marque na agenda e não perca.

23 de junho de 2020

Du Macedo lança série didática com Podcasts abordando teoria, prática e história da música. O #1 já está disponível.


Com o objetivo de produzir conteúdo complementar aos vídeos e outros materiais didáticos que elabora, o músico e professor Du Macedo deu início a uma série de podcasts temáticos que visam dar suporte às aulas on line que vem oferecendo diretamente do seu home-estúdio. O Podcast #1 já está disponível com acesso gratuito e trata das Escalas Cromática, Pentatônica e Blues.

Os conteúdos seguintes serão lançados a cada quinze dias e abordarão temas como parâmetros dos sons, textura, história do Samba, história do Choro, música modal, música tonal, lições de cavaquinho e violão e outros relacionados à teoria, prática e história da música. 

Numa parceria com o site do Clube do Choro de BH, as próximas edições também serão disponibilizadas por aqui. Fiquem atentos e acompanhem.




Du Macedo é licenciado em Música pela UEMG - Universidade do Estado de Minas Gerais, atua como professor na Escola Livre de Artes Arena da Cultura e em seu home-estúdio, além de  participar de diversos projetos musicais como o "Beco do Choro" e grupos como o "Choro da Mercearia", que promovem rodas semanais, mantendo viva a tradição do Choro em nossa cidade. 

22 de junho de 2020

Abre a Roda Mulheres no Choro lança novo projeto cultural e o primeiro episódio nos chega "Falando de Maxixe".


O Abre a Roda Mulheres no Choro acaba de lançar seu novo projeto: o Abre a Roda nas Redes. Com ele, o coletivo  propõe nos trazer um pouco do universo da música e do Choro através de textos, vídeos e lives.  Serão conteúdos elaborados através de muitas pesquisas e da vivência de mulheres musicistas com vontade de trocar experiências e exercer o protagonismo feminino nessa rede virtual.

No primeiro episódio do Abre a Roda nas Redes, a bailarina, musicista e artista cênica, Bárbara Veronez nos conta sobre o Maxixe, essa dança jubilosa que faz o corpo escorregar e se entregar.
Siga o Abre a Roda Mulheres no Choro no Instagram e conheça mais sobre este e outros projetos do coletivo.

FALANDO DE MAXIXE  
Por: Bárbara Veronez

"Dizem, e acredito, que nada se perde. Tudo se transforma. E a história do Maxixe é um exemplo disso. Ela percorre um arco de acontecimentos que vai dos batuques de Lundu do Brasil Império a Michel Teló e o Vanerão Gaúcho".


Vou contar pouco dessa dança buliçosa, já que o corpo se encarrega e entrega. Você vai sentir movimentos involuntários em seus quadris ao som dos choros maxixados de Chiquinha Gonzaga e através de registros de casais insinuando saracoteios pelos salões e clubes carnavalescos da Belle Époque brasileira.

Para começar, é preciso lembrar de alguns antecedentes, ou melhor, ingredientes do Maxixe. Um deles, o Lundu, era uma dança africana introduzida por mulheres e homens negros de Angola, trazidos ao Brasil como escravos. No século XIX já era uma dança brasileira, ligada mais ao meio rural e com algumas modalidades diferentes, dentre elas, a dança de roda onde todos participavam cantando, dançando e batendo palmas. Era um ritmo jocoso e sensual e com o tempo passou para a forma de música urbana adentrando de forma mais comedida os salões de dança. O lundu-canção era apreciado nos circos, casas de chope e salões do Império. Foi o primeiro gênero musical gravado no Brasil e seu legado principal foi o Maxixe, ritmo sincopado, uma outra forma musical híbrida e urbana que deve também suas origens a Polca e a Habanera.

"O maxixe" - Fotografia de Édouard Stebbing - 1910 
Especula-se que o ritmo do Maxixe também teve influência de uma dança e canto do sul de Moçambique e que de lá derivaria seu nome por existir uma cidade moçambicana chamada, justamente, Maxixe. Até hoje, o padrão rítmico e os movimentos ondulatórios do tronco e quadris da Marrabenta (dança moçambicana) guarda semelhanças com os padrões do Maxixe.

Chiquinha Gonzaga, filha de um militar do Império e uma mulher negra, foi educada para ser uma dama da corte, frequentando e conhecendo de perto a música clássica e as danças europeias de salão. No entanto, frequentava as escondidas os clubes de música do Rio de Janeiro e os terreiros de Lundu. De forma muito original, mesclou ritmos das principais músicas de salão e entretenimento da época como a Polca, Mazurcas, Valsas e Quadrilhas com os sons das ruas do Rio.

Além de ter sido a dança da moda até o início do século XX e ter influenciado o Samba, o Maxixe absorveu as tendências do Tango que despontava na Argentina e Uruguai. Por esse motivo, mas não só por isso, o apelidaram de “tango brasileiro”. Por ser uma dança de caráter sensual, foi alvo de preconceitos por parte da sociedade que a julgava indecente e contrária aos bons costumes. Foi considerada escandalosa e excomungada pela Igreja, perseguida pela polícia e educadores. Então, para que pudessem ser tocadas em casa de família, as partituras de Maxixe eram chamadas pelo nome de "Tango Brasileiro".

O preconceito fez com que a dança fosse excluída do repertório das danças sociais de salão e se popularizasse através dos clubes carnavalescos e do teatro de revista ou teatro musicado, operetas de caráter satírico para as quais Chiquinha, dentre outros músicos, compunham a trilha. Os grupos de choro e bandas de música foram, sem dúvida, grandes criadores e divulgadores do Maxixe.

O Maxixe influenciou os primeiros compositores de Samba que até hoje preserva muitas de suas estruturas rítmicas e está presente também em uma variedade de passos do samba de gafieira, samba de breque e samba-choro. Até o surgimento do Samba, o Maxixe foi o gênero dançante mais importante do Rio de Janeiro.

A Lambada também deve algumas contribuições de estilo ao Maxixe e até hoje no Pará, na Ilha de Marajó se dança uma variação mais comportada do Lundu, o Lundu Marajoara, semelhante em boa medida ao modo de dançar o Carimbó (esse de origem indígena), porém todos os estilos parecem se comunicar! E até o Frevo de Rua pernambucano teve o Maxixe como uma das principais influências!

E onde entra Michel Teló nessa história toda... Em 1995, o próprio, junto ao Grupo Tradição popularizou a Vanera a nível nacional. O Maxixe ressurgiu com força total nas periferias de Porto Alegre e nos bailes tradicionais gaúchos onde predominava o Vanerão. Começaram então a rebolar e adaptar o seu ritmo ao som da sanfona. As pessoas achavam a dança engraçada e a imitavam, surgindo assim o modo gaúcho de dançar o Maxixe.

Vai que essa moda pega mais uma vez. Rodas de choros, domingueiras de Dança de Salão, Bailes de Gafieira. Depois de tanto tempo em isolamento social, dançar junto será um dos melhores temperos para encurtar as distâncias! Amaríamos ver uma cidade inteira a dançar e, sem dúvidas, nos sentiríamos muito honradas em embalar cada passo!

Numa parceria com o site do Clube do Choro de BH os próximos conteúdos do Abre a Roda nas Redes também serão disponibilizados por aqui. Fiquem atentos e acompanhem.

19 de junho de 2020

O Projeto Fartura está chegando em formato inovador para adicionar uma pitada de sabor e afeto à sua rotina. E de hoje a domingo tem muitos shows para curtir.


Tendo a capital mineira como ponto de inspiração, a edição digital do Festival Fartura vai reunir o melhor de Minas Gerais e do Brasil na sua casa. Este será o primeiro festival de arte e gastronomia on-line e do país e acontece de hoje a domingo (19, 20 e 21 de junho). Serão 48 horas de programação e mais de 160 atrações. Além de dicas de cozinha, lives com chefs renomados, programação infantil, o festival oferecerá , shows musicais que chegarão no conforto da casa de cada um.

Para quem não tem fome só de comida, os curadores selecionaram mais de 15 artistas mineiros, como Flávio Venturini, Túlio Araújo, Nath Rodrigues, Manu Diniz, Maurício Tizumba, Pedro Morais, Flávio Renegado entre outros para lives musicais pra lá de especiais. Ao longo dos três dias, a programação conta ainda com performances de artes cênicas e contação de histórias. 

E se você perdeu a atração de abertura com o pandeirista Túlio Araujo não se preocupe. Acesse o link e aproveite para conferir ou rever a gravação deste super show.

Madeira Trio transforma em espetáculo sua pesquisa sobre a música brasileira. O show é mais uma edição do programa "Brasil Encanto".


A edição do programa "Brasil Encanto" desta semana é inteira voltada para o show Pau-Brasil realizado pelo grupo musical cearense Madeira Trio, formado pelos músicos descendentes da Orquestra Popular do Nordeste: Pedro Madeira (bandolim e violão 7 cordas), Iury Batista (contrabaixo) e Michel Rodriguez (bateria).

A relação entre o Pau-Brasil histórico e o Pau-Brasil, nome desse show, está na pesquisa feita pelo grupo musical sobre o início da nossa história e a sua relação com a música brasileira. Entre outras maravilhas, vamos ouvir obras dos mestres Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, João Pernambuco, Garoto, além do grande compositor cearense de música erudita, Alberto Nepomuceno. Desfrutem deste belo espetáculo.


O show "Pau-Brasil" foi gravado na sala de Concertos da Casa de Vovó Dedé, instituição filantrópica que como escola de música erudita, utiliza a musicalização como vetor de transformação social. O programa semanal "Brasil Encanto" é transmitido pelo Canal TVDD no Youtube e tem como finalidade, prestigiar, reconhecer, apoiar, divulgar nossa música popular, dentro dentro da mais alta qualidade. 
Veja aqui outras edições do Programa Brasil encanto.

Estão abertas as inscrições para o Juntos pela Música, iniciativa da União Brasileira de Compositores (UBC) em parceria com o Spotify.


Atenção associados da UBC. Estão abertas as inscrições para o Juntos pela Música, iniciativa da União Brasileira de Compositores (UBC) em parceria com o Spotify.

Com um aporte de R$ 500 mil e um sistema de matchfunding garantido pelo Spotify, o fundo tem o valor inicial de R$ 1 milhão com a possibilidade de recebimento de doações. Para cada R$ 1 doado, o Spotify também doará R$ 1 até o limite do seu programa global de ajudas do gênero. A gestão do fundo será realizada pela UBC. 

Podem se candidatar a receber ajuda do fundo associados da UBC há pelo menos um ano, que receberam entre R$ 800 e R$ 12.000 na distribuição da UBC em 2019 e passam genuinamente por dificuldades financeiras devido a perdas causadas pela pandemia do novo coronavírus.

As inscrições são contínuas e os interessados podem se inscrever por meio de formulário disponível no site da UBC.

Os beneficiados receberão quatro pagamentos mensais, no valor de R$400. Para mais informações, acesse o regulamento completo no site da iniciativa.

18 de junho de 2020

Mariana Bruekers, flautista e mestra em Pedagogia Musical é a convidada desta quinta do "Assanhado Quarteto Convida".

A série de lives "Assanhado Quarteto Convida" tem duas edições semanais, sempre às terças e quintas feiras com lives pelo Instagram. E hoje, o contrabaixista do grupo, Rodrigo Magalhães é quem receberá a flautista mineira, Mariana Bruekers. O bate papo terá início às 17 horas e a convidada abordará suas experiências no Choro e em outros contextos musicais.

Mariana possui mestrado em Pedagogia Musical pelo Royal Conservatoire/ Holanda, além de graduação em Licenciatura em Música e Bacharelado em Flauta Transversal pela Universidade Federal de Minas Gerais. E nesta entrevista contará detalhes sobre sua carreira como instrumentista, incluindo sua carreira em outros países e ainda tratará sobre musicalização e educação musical, área em que é bastante atuante. Não perca.

Lucas Telles é destaque da página estilo Instrumental Brasileiro no Palco MP3.

O violonista associado ao Clube do Choro de BH, Lucas Telles acaba de receber mais uma distinção pela sua performance como compositor e instrumentista. 

Desta vez ele conquistou a posição de destaque da página do estilo Instrumental Brasileiro no site Palco MP3, considerado o  aplicativo de música mais baixado do Brasil e que contabiliza mais de 126 mil artistas, 1 milhão de músicas e mais de 5 bilhões de downloads.

Cumprimentamos Lucas Telles por mais esta distinção que é, sem dúvida, reflexo da sua competência e capacidade criativa.

Acesse a página de Lucas Telles no Palco MP3 e ouça suas composições através dos álbuns e clipes disponíveis.

17 de junho de 2020

Estão abertas as inscrições para o Convocatória de Espetáculos 2020, promovido pelo Centro Cultural SESIMINAS Yves Alves.


Estão abertas as inscrições para o Convocatória de Espetáculos 2020, promovido pelo Centro Cultural SESIMINAS Yves Alves, localizado em Tiradentes - MG.

O objetivo da convocatória é selecionar espetáculos de Música e Artes Cênicas (Teatro, Teatro de Bonecos, Circo e Dança), destinados ao público infantil, juvenil, infanto-juvenil ou adulto, para ocupação da grade de programação durante o ano de 2020. Podem se inscrever apenas pessoas jurídicas. 
As inscrições estão abertas até 31 de agosto de 2020 e devem ser realizadas por e-mail para sesitiradentescentrocultural@fiemg.com.br

Mais informações no edital completo.

16 de junho de 2020

Hoje tem "Assanhado Quarteto Convida" e o bate papo é entre cavaquinistas: Henrique Garcia e Lucas Ladeia.

Hoje tem "Assanhado Quarteto Convida" e quem chega junto é o grande cavaquinista Henrique Garcia que conversa com o cavaquinista do grupo, Lucas Ladeia. O papo ao vivo acontece às 17 horas , via Instagram

Mestre em música pela UFRJ, especialista em metodologia do ensino de arte pela FESL, bacharel em violão e cavaquinho pela UFRJ, Henrique tem contribuído na literatura do cavaquinho com CDs, cursos, livros didáticos, composições e novas abordagens. 
Nos palcos, entre outras performances, há 15 anos atua como cavaquinista da banda do Diogo Nogueira.

Agende aí. Você não pode perder.

15 de junho de 2020

Brasileirinho chegou e a todos encantou...

"Brasileirinho", um clássico composto por Waldir Azevedo, "chegou e a todos encantou" como diz a própria letra deste Choro que é assinada pelo pernambucano Pereira da Costa. Esta composição considerada o maior sucesso da história do gênero, foi gravada pelo conjunto de Waldir, pela Rainha do Chorinho Ademilde Fonseca, teve versão do Os Novos Baianos (na voz da Baby Consuelo) e, mais tarde, por músicos de todo o mundo. "Brasileirinho" é um dos maiores emblemas da nossa música instrumental, figurando entre as 100 maiores composições brasileiras de todos os tempos, de acordo com o ranking da revista "Rolling Stone".

 "O Choro de uma corda só"

"Brasileirinho" foi a primeira composição de Waldir, iniciada em 1947 e lançada dois anos depois. Tudo começou quando um sobrinho de Waldir pediu que o tio lhe fizesse uma música. Waldir inicialmente negou o pedido, alegando que o cavaquinho a sua disposição em casa estava ruim, com somente uma nota funcionando: o ré. O instrumento bom do músico estava na Rádio Clube do Brasil, emissora pela qual se apresentava na época. Mas tal foi a insistência do sobrinho que o músico não teve escolha: usou toda a sua genialidade para compor uma música que pudesse ser tocada apenas com o ré, a única nota de que dispunha naquele momento.

"O brasileiro quando é do Choro, é entusiasmado"

O entusiasmo causado por esta clássica composição de Waldir Azevedo já inspirou outras manifestações artísticas. E entusiasma não só a brasileiros, já que emprestou seu nome a um filme documentário do cineasta e diretor finlandês Mika Kaurismaki, lançado em 2005. O filme "Brasileirinho" é um tributo ao Choro e contou com a participação de músicos como Yamandú Costa, Paulo Moura, Trio Madeira Brasil, Teresa Cristina, dentre outros. Esta obra cinematográfica foi uma das atrações da mostra Fórum do Festival de Berlim no ano de seu lançamento.

"Brasileirinho" também já foi inspiração para shows, espetáculos de dança e peças teatrais como quando serviu de enredo para o espetáculo "Histórias de um chorinho equilibrado numa corda só ou como descobri a história do cavaquinho", um monólogo apresentado em 2016 pelo ator Rafael de Barros.

Certamente, todos os dias surgirão novas versões musicais e outras tantas obras inspiradas neste emblema da música brasileira.  Não foi diferente na edição desta semana do "Entre Janelas", projeto do compositor e violonista mineiro André Oliveira, quando ele e a flautista Raíssa Anastásia nos trouxeram uma entusiasmada e inusitada interpretação desse clássico. "Brasileirinho" com flauta doce e ukulele. Apreciem sem moderação.


14 de junho de 2020

Sílvério Pontes, músico e compositor carioca, faz homenagem ao Clube do Choro de BH pelos 14 anos de fundação.

Silvério Pontes em apresentação durante a Semana Nacional do Choro 2019, em BH - Foto: Anderson Costa
O instrumentista e compositor carioca, Silvério Pontes registrou, nesta semana, sua homenagem ao Clube do Choro de Belo Horizonte, que acaba de completar 14 anos de fundação. 
Silvério, que reside no Rio de Janeiro, frequentemente vem a BH participar de eventos, shows e comemorações do Clube. Seu carinho e consideração pela instituição, membros da diretoria e associados, nos chegaram através da amabilidade de suas palavras e os mais belos timbres do seu virtuoso trompete. 
O Clube do Choro de BH compartilha esta homenagem com sua amigos e associados e deixa aqui seu agradecimento a este grande instrumentista.  


Convidamos a todos para conhecerem ainda mais o magnífico trabalho de Sílvério Pontes. Para isto, acesse, se inscreva e ative as notificações em seu canal no Youtube  para acompanhar as novidades.

SILVÉRIO PONTES é um trompetista que se dedica exclusivamente à música Brasileira e ao Choro. Com uma carreira sólida e marcante, tocou e gravou com músicos e cantores importantes da MPB, tais como: Tim Maia (com quem tocou por 12 anos, participando da Banda Vitória Régia), Luiz Melodia, Paulinho da Viola, Elza Soares, Francis Hime, Bete Carvalho, Yamandu Costa, Trio Madeira Brasil entre outros. 
Participou do lançamento, junto com seu parceiro Zé da Velha, do documentário Brasileirinho, no festival de Cannes, na França e em outros países como Itália, Alemanha, Áustria juntamente com o seu parceiro Zé da Velha.
Já se apresentou em todas as expressivas cidades e festivais pelo Brasil, incluindo várias edições da Semana Nacional do Choro promovida pelo Clube do Choro de Belo Horizonte.

DISCOGRAFIA 
  • Só Gafieira (1995) - Indicado ao 9º Prêmio Sharp de Música, na categoria instrumental; 
  • Tudo dança (1998) - Um dos melhores da série instrumental, jornal O Globo, em 1999; 
  • Ele e Eu (2000) - Permaneceu por sete semanas recomendado pelo jornal O Globo. Recebendo a indicação de um dos melhores CDs instrumental daquele ano. 
  • Samba Instrumental (2004) - O primeiro ao vivo da dupla, gravado no Teatro Municipal de Niterói com a participação de Luiz Melodia, Dona. Ivone Lara, Rildo Hora e Zé Paulo Becker. 
  • Só Pixinguinha (2006) - A dupla recria temas de Pixinguinha, com participações de Yamandu Costa, Joel Nascimento e Cristóvão Bastos. 
  • Ouro e Prata (2010) - Neste álbum, a dupla amplia, frente a outros álbuns, as participações dos amigos musicais, tais como: Dominguinhos, Carlos Malta, Bebe Kramer, Guto Wirti, Márcio Baia. A base, neste CD, foge do estilo regional de choro, buscando um som de gafieira dançante. 
  • Reencontro (2016) - Primeiro CD autoral do compositor que com os seus parceiros mostra a riqueza de variados estilos musicais como: polka, choro, maxixe, valsa, bolero, bossa nova e jazz.
  • Coração Brasileiro (2018) - Coração Brasileiro é um projeto do duo Silvério Pontes e Antônio Guerra. Os duos de piano e trompete foram mais explorados na música de câmara e no jazz americano, mas pouco se fez com esta formação na história da música popular brasileira. Neste trabalho ouvimos desde o cantador brasileiro, cancioneiro, até o samba com sua riqueza rítmica e suas orquestras.

12 de junho de 2020

Brasil Encanto exibe Todas as Flautas. O espetáculo homenageia o instrumento considerado "a tradução do divino no humano".

O programa Brasil Encanto, transmitido semanalmente pela TVDD, tem nos proporcionado grandes momentos de entretenimento e cultura musical. A edição que divulgamos hoje tem como destaque a Flauta, o instrumento mais antigo criado pelo homem. A homenagem a esse instrumento histórico está registrado no show "Todas as Flautas", gravado na Sala de Concertos da Casa de Vovó Dedé.

O som da flauta é considerado "a tradução do divino no humano", faz parte da história da humanidade e está presente em todos os ritmos brasileiros. No Choro, é um instrumento solo de destaque e através dele nos chegaram as mais belas melodias, composições de grandes mestres como Pixinguinha.

O concerto que vamos assistir contou com a participação de alunos e professores da instituição, e outros músicos de expressão como convidados especiais. Apreciem.



11 de junho de 2020

Assanhado Quarteto promove mais uma live e recebe hoje o instrumentista João Camarero.

A Série de lives “Assanhado Quarteto Convida” é um bate-papo que acontece às terças e quintas-feiras,  com transmissão ao vivo pelo Instagram. E hoje, o grupo recebe, às 17 horas,  o violonista João Camarero.

Durante a série, o grupo tem recebido artistas, produtores, pesquisadores e outras pessoas relacionadas à cultura, para um bate papo e troca de experiências ao vivo, propiciando a aproximação nesse momento de isolamento social. E por ali já passaram Mário Sève, Sérgio Santos, Marcelo Chiaretti, Caetano Brasil, Carol Panesi, Luis Barcelos, Cristóvão Bastos, entre outros. E hoje chegou a vez de João Camarero.

João Camarero é paulista de Avaré, onde cresceu vendo rodas de músicos na espaçosa casa dos pais. Ninguém tocava na família mas o garoto estava ali, absorvendo o que podia dos chorões da cidade. Os estudos vieram dos 14 para os 15 anos, quando já sabia o que seria da vida. Hoje é considerado um virtuoso do violão sete cordas pelo público e por artistas de alta performance do cenário da musica brasileira e internacional. 

Em várias entrevistas jornalísticas João Camarero é citado sempre com alta consideração, como nesta matéria publicada em maio de 2006 quando foi apontado como "a maior revelação do violão em muitos anos": “É um craque do violão de sete cordas. Ele conseguiu pegar informações principalmente de Raphael Rabello e colocar nos dias de hoje. Seu violão é brejeiro, típico do choro, mas ao mesmo tempo ele se desenvolveu como solista tocando músicas de Radamés Gnattali. Acho que ele tem uma bela história com o violão brasileiro pela frente” (Hamilton de Holanda). 
Se (o violonista) Dino Sete Cordas disse que eu seria seu sucessor, posso dizer então que passo o bastão para João. Esse garoto é a maior revelação do violão”, disse Luizinho Sete Cordas, uma das lendas do instrumento na linguagem do Choro.

Então está combinado: hoje tem encontro com o Camarero. Até lá.

10 de junho de 2020

Celebrando 70 anos de Guinga: a pura melodia e os mais belos acordes do subúrbio carioca soam das janelas mineiras.

Guinga. Foto: divulgação
Hoje celebramos 70 anos de vida do compositor e violonista Carlos Althier de Sousa Lemos Escobar, o Guinga.  Ele nasceu em 10 de junho de 1950, em Madureira, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro e ao longo de sua carreira nos tem proporcionado algumas das mais lindas melodias da música contemporânea brasileira.

Guinga aprendeu a tocar violão acompanhando sua mãe cantando e para além de compositor, formou-se em Odontologia em 1975 e mesmo trabalhando nesta profissão, como violonista acompanhou vários artistas renomados. Esteve no palco ao lado de Clara Nunes, Beth Carvalho, Alaíde Costa, João Nogueira, Cartola, Elza Soares, Nana Caymmi, Zezé Gonzaga, Miúcha, Leila Pinheiro, Mônica Salmaso, entre muitos outros. 

Tem dez discos gravados, todos bem recebidos pela crítica especializada. O seu disco ”Cheios de Dedos”, recebeu prêmio Sharp como melhor disco instrumental de 1996. Recebeu também várias indicações ao Grammy Latino: Melhor Álbum de Música Popular Brasileira em 2002, 2004 e 2007, Melhor Álbum Instrumental 2012, entre muitos outros prêmios de destaque no cenário musical.
Em 2002, sua biografia, "Guinga, os mais belos acordes do subúrbio", escrita pelo jornalista Mário Marques foi publicado pela Editora Gryphus. No ano seguinte, a mesma editora lançou o songbook "A Música de Guinga", com partituras de grande parte da obra do autor. 

Guinga marcou sua comemoração dos 70 anos com o projeto "Guinga e as Vozes Femininas" contando com a presença das cantoras Mônica Salmaso, Leila Pinheiro, Gioia Persichetti e Anna Paes e os violonistas Jean Charnaux e Thiago Amud para tocar e cantar as músicas que marcaram suas parceiras com o compositor. Devido à Pandemia do Coronavírus, o show marcado para acontecer no CBBB no Rio de Janeiro, foi realizado sem plateia e transmitido pelo Youtube

Das Janelas mineiras. 
Nossa homenagem aos 70 anos deste grande compositor chega da janela do instrumentista e compositor mineiro, André Oliveira. Através do seu projeto "Entre Janelas" ele tem produzido uma série de videos onde recebe vários músicos convidados para belíssimas interpretações da música brasileira.
Neste vídeo lançado em maio deste ano, o Entre Janelas nos traz a composição de Guinga, "Choro pro Zé", com Matheus Ribeiro no acordeon e André Oliveira no violão de 7 cordas .
Apreciem a beleza deste Choro.


9 de junho de 2020

Série Entrenotas coordenada por Rodrigo Heringer estreia amanhã tratando do tema "Trabalho, música e gênero".

O ciclo de web-conferências da Série Entrenotas tem sua estreia programada para essa quinta (10), as 10 horas. O tema das primeiras edições será Música e Trabalho. A atividade é coordenada pelo Prof. Rodrigo Heringer (Cecult/UFRB) e acontecerá via Youtube.

A primeira conferencista será Luciana Requião, contrabaixista e docente da UFF/PPGM-UNIRIO. Ela apresentará o seu livro mais recente, lançado em 2019: "Trabalho, música e gênero: depoimento de mulheres musicistas acerca de sua vida laboral". O livro é uma coletânea de entrevistas com instrumentistas atuantes a partir dos anos 1980, através das quais elas abordam suas trajetórias profissionais na área.
Acompanhe ao vivo pelo canal do Entrenotas.

Duo 13 Cordas e Álvaro Walter homenageiam o centenário de Dona Margarida, matriarca da família Silva Costa.

Publicação destaque no "Diário de Itabira"
O duo 13 Cordas é integrado pelos compositores, instrumentistas e associados ao Clube do Choro de BH, Carlos Walter (violão de 6 cordas) e Sílvio Carlos (violão de 7 cordas). Nesta semana, eles se uniram ao grande instrumentista Álvaro Walter em uma belíssima performance do Choro "Tantos anos sem ele", uma inspirada composição de Sílvio Carlos e filho da Dona Margarida, matriarca da família Silva Costa, que completa 100 anos vividos, no dia 11 de junho.
Esta homenagem fica também aqui registrada e juntos nos reunimos em aplausos comemorativos.

O Choro "Tantos anos sem ele" foi composto em Janeiro de 1983 por Silvio Carlos, em homenagem ao irmão Rafael, um ano após o seu falecimento. A composição foi gravada em 1999, no primeiro CD do Grupo Flor de Abacate, do qual também é integrante. 
Posteriormente, outros registros foram feitos por diferentes grupos e formações. A música também ganhou uma letra brasileira e outra francesa (contribuições de Paulinho Pedra Azul e Aurélie Tyszblat). Nesse vídeo, o Duo 13 Cordas faz uma releitura atual, desse belíssimo Choro.



O Duo 13 Cordas foi criado em 2007 para difundir as linguagens violonísticas do Choro, representar a identidade musical de nosso país e proporcionar ao público-alvo entretenimento e lazer. Seu repertório dialoga com a tradição e a contemporaneidade, abrigando composições autorais e temas de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Villa Lobos, Garoto, Hermeto Pascoal e Tom Jobim. Em 2010 participou do VI Festival de Choro de Paris, onde realizou concerto e oficina mediante premiação do Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural do Ministério da Cultura, e em 2012 participou da Jornada de Abertura da Temporada 2012-2013 do Clube do Choro de Paris por intermédio do edital de intercâmbio do Programa Música Minas. O duo é sempre presente nos eventos do Clube do Choro de BH segue participando de vários projetos que destacam a excelência da música instrumental brasileira.

8 de junho de 2020

Edital Arte Salva lançado pela Secult pretende apoiar artistas, produtores e empreendedores culturais.

O prazo para as inscrições para o Edital Arte Salva, lançado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), com recursos do Fundo Estadual de Cultura foi prorrogado. Fiquem atentos, pois ainda dá tempo de participar.

O objetivo do edital é apoiar artistas, produtores e empreendedores culturais durante a pandemia da Covid-19. Serão contemplados 1.315 projetos, que receberão um aporte no valor de R$ 1.900 cada para a realização e execução de vídeos de expressão artístico-cultural que serão transmitidos em ambiente digital.
A chamada é direcionada a pessoas físicas. Os interessados podem se inscrever até o dia 15 de junho de 2020, por meio da Plataforma Digital Fomento e Incentivo à Cultura

Os projetos devem se encaixar nas seguintes áreas: 
  • Música;
  • Artes cênicas, incluindo teatro, dança, circo, ópera e congêneres; 
  • Audiovisual, incluindo cinema, vídeo, novas mídias e congêneres; 
  • Artes visuais, incluindo artes plásticas, design artístico, design de moda, fotografia, artes gráficas, filatelia, numismática e congêneres; 
  • Literatura, obras informativas, obras de referência, revistas e congêneres; 
  • Preservação e valorização do patrimônio imaterial, inclusive culturas tradicionais, populares, artesanato e cultura alimentar; 
  • Áreas culturais integradas. 
O valor total do edital é de R$2,5 milhões. Para mais informações, acesse o edital completo no site da Secult.  Ver descrição completa


5 de junho de 2020

Roda do Padreco completa 6 anos e comemora com uma roda online.

A Roda do Padreco há 6 anos reúne um grupo eclético e talentoso formado por acadêmicos da UEMG e outros instrumentistas de valor. Desde janeiro de 2019 os encontros tem acontecido  no Butiquim Vila Rica, antigo Bar do Bolão e vem assim mantendo a tradição daquele reduto do Choro em BH, onde também nasceu o Clube do Choro de BH.

Mas como fazer em meio a uma pandemia para continuar nos encontrando e apertar o play do fim de semana com muito chorinho? Para matar a saudade, a Roda do Padreco convoca todos para apreciar os registros musicais de suas rodas virtuais.

O repertório está maravilhoso e a turma se supera a cada novo desafio para tornar imperdível cada vídeo. Vamos conferir? Acesse, curta e siga o canal da Roda do Padreco no Youtube.

E para esquentar, assista aqui a execução de "Aeroporto do Galeão" de Altamiro Carrilho, uma edição especial online que comemora 6 anos da Roda do Padreco.


Roda do Padreco online com: Alice Valle (Flauta), Claudio Cruz (Sax), Matheus Ribeiro (Sanfona), Thamiris Cunha e Basílio Ribeiro (Clarinetes), Lucas Carvalhais e Leandro Oliveira (Violões), Pedro Melo (cavaquinho), Fernando Ventureli (Pandeiro) Mateus Porto (Bandolim) - Edição: Bartira Duarte e Lucas Carvalhais.

4 de junho de 2020

Izaías Bueno completa 82 anos festejando com roda ao vivo, no próximo sábado.

No próximo sábado (6), às 17 horas, o mestre Izaías Bueno de Almeida comemora seu aniversário de 82 anos em uma roda ao vivo. A live apresentada por Fernando Dalcin também conta com a presença de Jane Silvana Corilov e Rafael Esteves. A transmissão acontece no do facebook nas páginas do Teatro Arthur Azevedo SP e do Clube do Choro de São Paulo, cujo grupo de instrumentistas estará com Izaías nesta comemoração imperdível.


IZAÍAS BUENO
Com mais de sessenta anos de carreira, Izaias Almeida, que sempre se espelhou no carioca Jacob do Bandolim, é um digno representante do choro paulista, de forte influência italiana, com um jeito mais sentimental de tocar, originário do bandolim napolitano, marcado por frases e improvisos. 
Líder do "Izaias e seus Chorões", o mais antigo grupo instrumental de São Paulo com formação original, quando criança, destacou-se como solista de bandolim e, aos 16 anos, já se apresentava em programas de televisão, permanecendo por muitos anos tocando em conjuntos regionais e, ainda, como copista e solista de bandolim. Alguns dos programas em que atuou fizeram história, como Fino da Bossa e Bossaudade. Participou do famoso Conjunto Atlântico, como solista e arranjador. Também compositor, é autor de diversos choros. Recebeu o Prêmio Movimento da MPB como melhor CD instrumental de 1999, com o trabalho Quem não chora, não Ama.


COM O CLUBE DO CHORO DE BH
Izaías com sua magnífica performance instrumental, foi uma das atrações da Semana Nacional do Choro 2018 promovida pelo Clube do Choro de BH, quando o bandolim foi o instrumento destaque. Como um dos convidados especiais do evento, tocou ao lado de outros grandes instrumentistas, abrilhantando ainda mais nosso evento.

Izaías Bueno (à direita e em primeiro plano) tocando ao lado do Clube do Choro de BH,  durante evento da Semana Nacional do Choro 2018.

3 de junho de 2020

Estão abertas as inscrições para o "Sesc Cultura Convida" dirigido a produções artísticas em todas as vertentes.


Atenção Chorões e Choronas, o SESC Brasil acaba de lançar a chamada pública para o SESC CULTURA CONVIDA! A convocatória está dirigida a artistas, pesquisadores, educadores, mestres de tradição e demais integrantes do sistema produtivo da cultura de todo o país.

O projeto tem como objetivo incentivar a produção artística em todas as vertentes e levar as apresentações para dentro das casas da plateia diante deste novo cenário de pandemia e isolamento social. Serão contemplados até 470 projetos de música, arte educação, artes cênicas, artes visuais, audiovisual, biblioteca/literatura e patrimônio cultural. 

As inscrições podem ser realizadas de 3 a 7 de junho. Acesse o portal, consulte o regulamento e inscreva-se. CLIQUE AQUI

2 de junho de 2020

Programa Brasil Encanto destaca o piano brasileiro e as composições de Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth.


O programa Brasil Encanto, que foi ao ar na última sexta feira, nos trouxe uma aula de história da música brasileira. Além do documentário "Sementes e raízes da nossa música" essa edição faz uma homenagem aos dois principais músicos brasileiros do século XIX - Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga.
A partir do show Pianos Brasileiros, realizado na Sala de Concertos da Casa de Vovó Dedé pelos alunos de piano da professora Regina Barbosa, os mestres foram exaltados em sua excelência.
Um programa realizado com dedicação e respeito aos que semearam a essência da nossa musica popular brasileira.

Assistam agora a mais esta preciosa produção do Núcleo de RTVCA da Casa de Vovó Dede.



1 de junho de 2020

Clube do Choro de BH completa 14 anos de fundação, celebrando seu lugar de destaque no cenário cultural e musical da cidade.


O Clube do Choro de Belo Horizonte acaba de completar 14 anos de fundação e mantendo viva sua missão de promover e difundir a Música Brasileira em nossa cidade.
Esta história tem as suas origens nas reuniões semanais das quintas-feiras, no tradicional Bar do Bolão (atual Butiquim Vila Rica), no bairro Padre Eustáquio, onde vários músicos, amadores e profissionais, se reúnem, desde 1993 até hoje, em maravilhosas rodas de Choro, abertas a todos os apreciadores de boa música, bom papo e agradável convivência. 

Dessas reuniões surgiu o Clube do Choro de BH , fundado em uma Assembléia Geral realizada em 31 de maio de 2006, contando com a presença de 23 sócios fundadores. Nesta data foram iniciadas nossas atividades, aprovado o estatuto, eleitos o Conselho Deliberativo, a Diretoria Executiva e empossados seus membros efetivos para um exercício de 5 anos. 
Atualmente, o Clube está sob a direção da chapa "Harmonia do Choro", reeleita para a gestão 2019-2021 e liderada pelo comunicador e atual Presidente, Acir Antão. O Clube tem como diretores em exercício, os associados eleitos Paulo Roberto Ramos (Diretor Cultural) e Amilton Costa de Faria (Diretor Administrativo-Financeiro). O Conselho Deliberativo é formado pelo Presidente, sócio fundador Jonas Cruz, além dos membros Luiz Otávio Savassi, Marcelo Ribeiro Batista, Hamilton Gangana e Oszenclever Camargo de Carvalho.

Nesse tempo de existência, a instituição conquistou seu lugar de destaque no panorama cultural e musical da cidade, além de muitos amigos e associados de grande importância no cenário do Choro brasileiro. O Clube construiu uma história pautada na amizade, no talento coletivo e contando com o apoio e contribuições imensuráveis. Nossa história se confunde parcialmente com a do Bar do Bolão. E a este sócio fundador, que muito contribuiu para manter viva nossa história, mantemos nossa admiração. Raimundo José dos Reis, o Bolão partiu para outras esfera musicais em 2018 e completaria 99 anos, em 29 de maio, às vésperas do aniversário do Clube do Choro de BH.

Portanto, hoje temos duas datas importantes a celebrar. Para isto, nada melhor que relembrar um pouco desta história construída e preservada com muita dedicação e carinho por todos que passaram e permanecem ligados ao Clube do Choro de Belo Horizonte.
Festejamos com a mesma alegria captada nessas imagens registradas onde tudo começou, cenas de uma roda de Choro animada, comemorativa à Semana do Choro em 2017, realizada no Bar do Bolão e contando com a presença dele.
Viva o Clube do Choro de BH com as bençãos do Bolão!

Roda de Choro no Bar do Bolão, durante a Semana do Choro 2017 - Imagens cedidas por Amilton Faria .