Cartoon é uma palavra
inglesa, de origem britânica e significa “estudo ou esboço” de um trabalho de arte. Aportuguesada, vira CARTUM, uma forma crítica e diferenciada
que o cartunista utiliza em seu trabalho
pessoal, geralmente bem
aceito pelo mundo afora.
Já o chorinho é o mais puro e legítimo ritmo de música brasileira, que se popularizou no salões em
meados de 1880, do século XIX , vindo da Europa e que se misturou com o nosso
jeito de fazer música da melhor qualidade.
Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Ernesto Nazareth são pioneiros do choro, seguidos por instrumentistas e autores geniais
como Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo e
Garoto, para citar apenas alguns
nomes famosos.
Com esse introito,
encontramos uma forma de escrever sobre dois artistas bem conhecidos e admirados por todos em Minas e que
sabem, como ninguém, executar e admirar as duas coisas: cartum e
choro: os nossos amigos GUZ
e Ausier Vinícius.
GUZ aprendeu a admirar o choro frequentando toda segunda-feira, nos anos
90, do século passado, os salões do antigo bar do Diretório Central dos
Estudantes, o famoso DCE, na rua
Gonçalves Dias, onde funcionava também o
cine Belas Artes. Era ali que aconteciam as noites CHOROS & CARAS, uma combinação de música e
caricaturas, ao vivo e em cores. A
música era comandada pelo nosso Geraldinho Alvarenga, com o seu conjunto Sarau Brasileiro, os
músicos Hélio Pereira, Geraldo
Magela e o saudoso Zacarias.
Guz e Ausier Vinícius em caricaturas desenhadas por Guz (Paulo Cangussu Cordeiro)
GUZ tomou gosto
pelo choro nessa época de ouro
e continuou apreciando a
música, ouvindo e criando ao mesmo tempo os seus
bem humorados cartuns, de personalidades, amigos e frequentadores do ambiente.
Por Hamilton Gangana