Várias são as matizes na música popular brasileira. Mas, dentro deste contexto, dois gêneros musicais, com toda a certeza, tem a preferência do público. São eles, o Choro e o Samba. Daí a origem do "Festival Choro e Samba" que tem hoje a abertura de sua sexta edição, a partir das 17 horas, com apresentação do grupo Meste Samba e, às 18h30, um super show com músicos do Clube do Choro de BH.
As atrações acontecem na Praça Afonso Arinos, no cruzamento da Av. João Pinheiro, Augusto de Lima e Álvares Cabral. Será uma noite muito mineira, pois o local de realização do projeto foi escolhido para homenagear os compositores mineiros Gervásio Horta, Lagoinha e Geraldinho Alvarenga. Mais apropriado impossível, pois na rua Bahia esquina de Guajajaras está o monumento dedicado a Rômulo Paes, também um dos homenageados.
PROGRAMAÇÃO
Durante três dias, Belo Horizonte vai mergulhar no melhor da nossa música. Serão seis apresentações, igualmente dividas por cada gênero. O projeto prossegue nos dias 11 e 12 de outubro com outras atrações na Praça Duque de Caxias (Santa Tereza).
Os eventos serão gratuitos, com cadeiras para o conforto do público, segurança, feirinha de comidas típicas e bebidas, além de muita música boa.
O mestre de cerimônia, uma atração a mais, será o radialista e Presidente do Clube do Choro de BH, Acir Antão, referência na música popular da cidade.
17h00: Mestre Samba
SOBRE O FESTIVAL
Noel Rosa, em sua sabedoria, traduzida no samba, já registrava que “...o samba, na realidade, não vem do morro, nem da cidade” (Feitio de Oração- Noel Rosa).
Este registro é muito importante porque, na medida em que se fala em samba, o pensamento viaja automaticamente para o morro e o afro. Os integrantes do Mestre Samba, porém, são sambistas do asfalto. Urbanos, como tantos outros sambistas famosos.
Profissionais liberais e de música, que se uniram em torno de uma paixão comum: o Samba. Daí a origem do grupo. Amor ao Samba. Amor aos mestres do Samba. Explicado também está a origem do nome. Mineiros, todos radicados em Belo Horizonte, criaram este grupo em 2008 e, ao longo do tempo veem interpretando os grandes mestres de maneira personalíssima, ao ponto de, mesmo o samba tradicional e histórico, com eles, se vestir de uma roupagem contemporânea.
Mestre Samba - Foto: Marco Botelho |
Ao estilo samba de roda, integram o repertório do grupo, músicas dos grandes mestres como Donga, Pixinguinha, Cartola, Noel Rosa, Paulo César Pinheiro, João Bosco, Chico Buarque, João Nogueira, Adoniram Barbosa, Monarca, Zeca Pagodinho e muitos outros que fizeram e fazem a história do samba. Com uma interpretação personalizada, os componentes do grupo Mestre Samba contam com uma formação eclética tanto profissional quanto musical.
Na atualidade o grupo é formado por: Bruno Daconti - Cavaquinho e voz; Maurício Soares - Violão e voz; Cássio Jabour - Percussão e voz; Marco Antônio Botelho - Chocalho e voz; Daniel Pacheco - Violão e voz; Eder Jairo - Percussão; Wellington Andrade - Percussão. Cinco vozes, dois violões, cavaquinho, chocalho, pandeiro, tan tan e surdo. Estes elementos dão o ritmo e a performance da banda e o grupo, além de mesclar o repertório dentro das inúmeras variações do samba, trabalhando a tonalidade das vozes dos quatro vocalistas e a toada dos sambas, de acordo com as nuances de cada voz. Algumas músicas que são originalmente mais leves tornam-se mais viscerais na interpretação do grupo que, de maneira cadenciada, inicia o show com sambas mais leves até desembocar em canções mais fortes. Nesse ritmo, o público se descontrai, canta e dança.
18h30: Clube do Choro de Belo Horizonte
Os músicos associados Helio Pereira (bandolim), Geraldinho Alvarenga (violão 6 cordas), Camargos (pandeiro), Fred (percussão), Geraldo Magela (violão 7 cordas), Robson (cavaquinho), Juliana D'Avila (flauta) e Nilton Assis (surdo) representam o Clube do Choro de Belo Horizonte na apresentação desta noite, levando um repertório de primeira grandeza para abrilhantar a abertura do festival.
Clube do Choro de BH - Foto: Anderson Faria |
O Clube do Choro de BH tem as suas origens nas reuniões semanais das quintas-feiras, no Bar do Bolão, no bairro Padre Eustáquio, onde vários músicos, amadores e profissionais, se reúnem, desde 1993 até hoje, em maravilhosas rodas de choro, abertas a todos os apreciadores de boa música, bom papo, agradável convivência, regadas a cervejas geladas.
Nestas reuniões surgiu a ideia da fundação do Clube do Choro de Belo Horizonte, instituição sem fins lucrativos que, com o quadro inicial de 23 fundadores, passou a existir a partir de 31 de maio de 2006. Desde então, ele se mantém como uma instituição totalmente voltada para o incentivo e a divulgação da música – e em especial, o gênero choro – através de atividades de instrumentistas, compositores e intérpretes, que se dedicam ao estudo e apresentações de audições musicais em casas de espetáculos, bares e espaços culturais.
O grupo de choro é integrado por sócios músicos, profissionais e amadores. Nestes 10 anos de existência a instituição conquistou seu lugar no cenário cultural e musical da cidade.
Nestas reuniões surgiu a ideia da fundação do Clube do Choro de Belo Horizonte, instituição sem fins lucrativos que, com o quadro inicial de 23 fundadores, passou a existir a partir de 31 de maio de 2006. Desde então, ele se mantém como uma instituição totalmente voltada para o incentivo e a divulgação da música – e em especial, o gênero choro – através de atividades de instrumentistas, compositores e intérpretes, que se dedicam ao estudo e apresentações de audições musicais em casas de espetáculos, bares e espaços culturais.
O grupo de choro é integrado por sócios músicos, profissionais e amadores. Nestes 10 anos de existência a instituição conquistou seu lugar no cenário cultural e musical da cidade.
A primeira edição do Festival Choro e Samba aconteceu em 2011, na cidade de Paraty (RJ), a segunda no ano seguinte, em Itaúna - MG. No mesmo ano, a terceira edição ocupou o espaço Funarte em BH. Já a quarta, em 2015, foi realizada também na Capital, no estacionamento do Parque das Mangabeiras, em conjunto com o projeto Botecar, e a quinta e última, no mesmo local, ainda com o projeto Botecar, aconteceu neste ano.
Teremos agora, nos dias 07, 11 e 12 de Outubro, a sexta edição viabilizada através de projeto aprovado no edital 2014 da Lei Municipal de Incentivo a Cultura, com o patrocínio da MGS – MINAS GERAIS ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS LTDA.
Trata-se de uma realização conjunta da MINAS GESTÃO CULTURAL e do CLUBE DO CHORO DE BELO HORIZONTE. A produção está a cargo da IDEAR PRODUÇÕES CULTURAIS.
O grande objetivo do projeto é proporcionar aos amantes de longa data dos gêneros, e aos futuros apaixonados, a oportunidade de desfrutar de uma bela amostra do que temos hoje no pais, nestas duas grandes vertentes musicais.
Belo Horizonte sempre admirou e aplaudiu estas paixões nacionais. Na cidade, a quantidade de artistas dedicados ao Choro é superior a grande maioria das outras capital brasileiras, rivalizando-se, até mesmo com o seu berço, o Rio de Janeiro. Temos aqui vários locais onde, durante toda a semana, existem apresentações de Choro. O Clube do Choro de Belo Horizonte, parceiro na realização deste evento, também movimenta este cenário com várias promoções e apresentações.
E, vamos ao Festival!