Hoje o blog do Clube lhe traz mais uma dica de leitura com cunho didático. Trata-se do artigo "A doce presença do Chorinho no ambiente musical Alemão", de autoria da musicóloga, saxofonista e flautista Beate Kittsteiner, residente em Munique.
O artigo é parte da Coleção Textos do Brasil, que se volta para a divulgação da cultura brasileira no exterior, por meio de edições temáticas e faz parte do acervo do MRE - Ministério das Relações Exteriores.
Semanalmente, às terças feiras, o conjunto de Choro "Isto é Nosso" formado pelos músicos Thiago Balbino, Pedro Alvarez, Gustavo Monteiro, Artur Padua, Daniel Nogueira e Ronaldo Emerenciano Pereira, comanda uma roda na Choperia Tiradentes. O evento começa a partir das 19:30h e promete um repertório de primeira. Programe-se.
SERVIÇO
Roda de Choro com o Grupo "Isto é Nosso"
Datas: 26 de maio (semanalmente, às terças feiras)
Local: Choperia Tiradentes - Rua Kepler, 147 - Bairro São Bento - Belo Horizonte
Couvert: R$8,00
Informações: (31) 3293-1278
Prezado Chorão.
Conforme anunciado em nossa Carta Relatório de Abril, o Clube do Choro de BH terá uma Assembléia Geral Extraordinária para eleição da nova Diretoria e novo Conselho Deliberativo para o biênio Setembro/2015 a Setembro/2017.
Confira abaixo, o Edital de Convocação da Assembléia, o calendário das eleições, o regulamento , bem como o modelo para o registro de chapa para a disputa.
Os candidatos poderão, após o registro de sua chapa, utilizar este blog para divulgarem as suas propostas, bastando para tanto entrar em contato com o Hamilton Gangana, Diretor de Comunicação Social do Clube, através dos telefones (31)3498-2698 e 8492-4530.
Lembro ainda que, no próximo ano, o Clube estará completando 10 anos de existência, uma vez que teve a sua fundação em 31 de maio de 2006.
Boa hora para receber nova direção e alçar novos vôos.
O Conservatório UFMG lança edital para a seleção de músicos e grupos musicais que tenham interesse em participar de sua programação cultural durante o segundo semestre de 2015.
As inscrições podem ser feitas até 22 de maio. As propostas serão avaliadas pelo Conselho Diretor do Conservatório UFMG e o resultado final está previsto para a partir de 29 de maio de 2015.
Serão admitidas inscrições de propostas que se atenham exclusivamente à área de música e as apresentações serão gratuitas ao público. Os dias oferecidos são as terças-feiras de agosto a dezembro de 2015.
Os interessados podem obter mais informações pelo site:
Atenção Chorões! A Associação dos Amigos do Museu Histórico Abílio Barreto (AAMHAB), em parceria com a Fundação Municipal de Cultura (FMC), abriu inscrições de propostas de ações culturais para ocupação de espaços museológicos da cidade durante o Noturno nos Museus 2015, evento que ocorrerá em julho. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas de 4 a 22 de maio. O regulamento completo, bem como a ficha de inscrição podem ser consultados no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br.
Podem se inscrever artistas e grupos que desenvolvam trabalhos artísticos para palcos, espaços públicos ou espaços alternativos. Podem ser apresentadas propostas de palestras, oficinas, minicursos, exibição de curtas-metragens, desfiles, site-specific/instalação, performances em artes visuais, saraus e contações de histórias. As propostas devem estar relacionadas às áreas de Artes Visuais, Moda, Patrimônio e Memória, Audiovisual, Arquitetura, Urbanismo e Design. Cada proponente pode inscrever no máximo 2 projetos.
A Comissão de Organização do Noturno nos Museus avaliará a documentação enviada e a adequação das propostas com as respectivas áreas. Para a classificação dos espetáculos, os museus e instituições museológicas participantes serão os curadores e farão a seleção das propostas com base na qualidade artística e técnica, bem como sua adequação ao espaço disponível e linha de atuação da instituição.
O Noturno nos Museus
A Noturno nos Museus entrou de vez no calendário cultural de Belo Horizonte. O evento já era realizado com sucesso em algumas das grandes metrópoles mundiais e, em 2013, a capital mineira trouxe o formato do evento pela primeira vez ao Brasil. Na última edição, em 2014, o evento teve a participação de 33 instituições da capital e contou com cerca de 18 mil visitantes.
No evento, as principais instituições museológicas da cidade (públicas e privadas) abrem suas portas durante a noite e a madrugada oferecendo ao público uma programação diversificada com exposições, shows musicais, peças de teatro, apresentações de dança, performances de artes visuais, entre outros.
O Noturno nos Museus 2015 acontece na noite do dia 17 para 18 de julho de 2015.
O Dia Nacional do Choro foi instituído pela Lei nº 10.000, de 4 de setembro de 2000, em memória do nascimento do compositor Alfredo da Rocha Viana Júnior, o Pixinguinha, considerado o ‘pai do choro’. Em maio de 2012, o choro foi decretado Patrimônio Cultural Carioca em reconhecimento à sua importância e a das canções que se tornaram clássicas, fazendo parte, hoje, da construção da identidade carioca e nacional. Como bem cultural de natureza imaterial, consta no Livro de Registro das Formas de Expressão do IPHAN, dedicado às manifestações artísticas em geral.
E finalmente uma ótima notícia para os profissionais e amantes do gênero: o choro passará a ostentar, em breve, o título de Patrimônio Cultural Imaterial. A concessão será outorgada pelo Instituto Patrimonial Histórico e Artístico Nacional (Iphan), atendendo a pleito do Clube do Choro de Brasília.
Leia abaixo a reprodução da matéria do Jornal Correio Braziliense do último dia 25 de abril, que retrata, na voz e palavras de vários artistas, a alegria que esta boa nova também nos traz.
Artistas comemoram indicação do choro como patrimônio cultural e imaterial
por: Irlam Rocha Lima
“O choro deve ser preservado da mesma forma que a Mata Atlântica, a arquitetura de Oscar Niemeyer, as esculturas do Aleijadinho, as bachianas de Heitor Villa-Lobos. São manifestações culturais que conferem respeitabilidade ao nosso país. O brasileiro que não valoriza esse legado, está negando sua própria identidade.” A afirmação é de Guinga, um dos mais importantes compositores e violonistas da moderna MPB, autor de clásicos como Noturno Leopoldina, Cheio de dedos e Catavento e girassol , que ele classifica como choros-canção.
Guinga mostra-se exultante com o fato de o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) atribuir ao choro o título de patrimônio cultural e material do Brasil. “Onde estiver, Pixinguinha, responsável pela consolidação e formatação desse gênero musical, deve estar comemorando com o entusiasmo a decisão dessa instituição tão importante para a cultura nacional. Ações como essa, contribuem para a reafirmação do Brasil como nação”, ressalta o músico.
Um dos nomes mais destacados da cena do choro carioca, o cavaquinista Henrique Cazes chama a atenção para dois aspectos da decisão do Iphan, ligado ao Ministério da Cultura (MinC). “O título vai dar uma visibilidade ainda maior ao choro, no momento em que comemora 150 anos de surgimento, e reforça a condição de um dos estilos musicais que tem recebido expressiva adesão de jovens instrumentistas.”
Elevação
Com oito discos lançados, Cazes é produtor e diretor musical de três álbuns da Orquestra Pixinguinha e três da Orquestra de Cordas do Brasil; além de ser o autor do livro Choro, do quintal ao Municipal (que está na quarta edição) e rápidas biografias de Chiquinha Gonzaga, Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo. Para ele, elevação do choro ao patamar de Patrimônio Cultural e Imaterial vai, também, “proporcionar uma maior abertura para quem busca apoio para projetos artísticos nessa área.”
Fernando Brant, um dos plilares do mítico movimento Clube da Esquina, revela que ouve choro com alguma frequência. Em sua discoteca há vários discos de Pixinguinha e também de Henrique Cazes, estudioso, pesquisador e profundo conhecedor do gênero. “O choro, com sua estrutura melódica e sofisticação, influencia por demais outros estilos musicais, principalmente os que envolvem instrumentistas”, diz com propriedade. “Ao atribuir esse título, ao Iphan está fazendo justiça ao choro, tido como gênese da música popular brasileira”, complementa.
Violonista clássico e popular, com trabalho reconhecido internacionalmente, Turíbio Santos, ex-presidente da Academia Brasileira de Música e ex-diretor do Museu Villa-Lobos, é, igualmente, um expert em chorinho. Em tom brincalhão ele fala: “Quando dizem que o choro está morrendo, ele vai para o fundo de quintal e volta ainda mais fortalecido”. Para ele, “na prática”, o choro já é um patrimônio. “O fato de ter esse reconhecimento do Iphan vai ajudar, em muito, às novas gerações, que anda escutando tanta porcaria, a se aproximar de um gênero musical sofisticadíssimo, mas ao mesmo tempo popular.”
A flautista Dolores Thomé, sócia fundadora do Clube do Choro de Brasília, e ex-professora da Escola de Música, atualmente está radicada na cidade do Porto, em Portugal, onde faz doutorado em Informação e Comunicação em Platafora Digitalo. Ela festeja o “status” que o choro vai adquirir com título que vai receber do Iphan e conta que existe um clube do choro em Lisboa, “que surgiu depois da criação de um congênere, em Paris. Os portugueses adoram o choro e no Porto costumo comandar rodas de choro num bar próximo à histórica Ponte Luis V”. Ela acrescenta: “Na minha volta a Brasília, não podia ter notícia melhor do que essa, publicada pelo Correio Braziliense”.
O projeto Quarta-Cultural do Conservatório UFMG recebe no dia 06 de maio, quarta-feira às 12h30, o Grupo Chorões & Cia.
O grupo foi fundado por José Carlos Choairy, com o objetivo de perpetuar a tradição do Choro, estilo musical que ama, reunindo e promovendo a integração da jovem geração de instrumentistas com a velha guarda do choro. Nesta apresentação se apresentam ao lado de José Carlos: Mozart Secundino (violão), Mateus Fernandes (violão 7 cordas), Vinicius Juliano (cavaquinho 5 cordas), Carlos Augusto Barata Boëchat (pandeiro), Raissa Anastásia (flautas) e a cantora Lígia Jacques como convidada especial.
José Carlos Choairy, ou Zé Chorão como é carinhosamente conhecido, desfruta do afeto e da amizade de inúmeros “chorões” espalhados não somente pelas cidades do interior de Minas Gerais, mas também em outros estados e capitais, como Brasília (DF); Rio de Janeiro (RJ); São Paulo (SP); Vitória (ES); Salvador (BA); São Luis (MA), etc. É músico e ser humano extremamente sensível e de exuberante musicalidade. Ele faz de seu cavaquinho não apenas um instrumento para “tocar música”, mas o principal instrumento de que se serve, como raros o sabem fazer, para “tocar o coração das pessoas” que tem o privilégio de ouvi-lo em transbordamentos sonoros de pura emoção. Generoso e acessível, transformou seu lar num centro de encontros e saraus musicais para onde acorrem todos os que desejam praticar a amizade, o carinho, a solidariedade, e o profundo respeito e amor pelo Choro e pela Música.
SERVIÇO:
Quarta Cultural apresenta: Chorões & Cia convida Lígia Jacques.
Data: 06 de maio de 2015 – Quarta-feira
Horário: 12h30
Local: Conservatório UFMG – Av. Afonso Pena, 1534 – Centro BH/MG